Quando Internar? Entenda o Momento Certo de Buscar Ajuda para a Dependência Química
22/04/2025

Quando Internar? Entenda o Momento Certo de Buscar Ajuda para a Dependência Química
Tomar a decisão de internar uma pessoa que enfrenta a dependência química é, sem dúvida, uma das atitudes mais difíceis para qualquer família. Muitas vezes, o amor, a culpa e a esperança de mudança dificultam essa escolha. Porém, existem momentos em que a internação se torna não apenas necessária, mas vital.
Neste artigo, vamos explorar os sinais mais evidentes de que a internação — voluntária ou involuntária — pode ser o caminho mais seguro e eficaz para quem perdeu o controle sobre o uso de substâncias.
1. Perda de controle e recaídas constantes
A dependência química é uma doença progressiva, e um dos primeiros sinais de agravamento é a perda de controle sobre o uso da substância. Quando o indivíduo promete parar, mas não consegue cumprir; quando recaídas se tornam frequentes e cada vez mais perigosas, é sinal de que ele não está conseguindo sair dessa sozinho.
2. Agressividade e riscos à integridade física
Outro indicativo crítico é o comportamento agressivo. Seja contra si mesmo ou contra outras pessoas, o uso de drogas pode levar a quadros de violência física e verbal, paranoias, surtos psicóticos e até tentativas de suicídio. Nessas situações, a segurança do paciente e das pessoas ao redor está em risco.
“Internar não é abandonar. Internar é um ato de amor responsável, especialmente quando a vida está em perigo e o sofrimento já ultrapassou todos os limites.”
3. Desligamento da realidade e negligência total
Quando o dependente químico já não se importa com sua higiene, alimentação, compromissos e sequer reconhece a gravidade da própria condição, a doença atingiu um ponto em que ele já não possui autonomia para buscar ajuda sozinho. É aí que a internação involuntária se torna uma medida protetiva.
4. Internação como ambiente de reestruturação
Ao contrário do que muitos pensam, a internação não é um castigo. Ela é uma oportunidade de reconstrução. Um local protegido, com rotinas terapêuticas, atividades ocupacionais, suporte médico e psicológico. A internação oferece um espaço de pausa, cuidado e realinhamento para que o paciente possa reencontrar seu equilíbrio físico, mental e espiritual.
5. Tipos de internação
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Voluntária: o paciente aceita espontaneamente ser internado.
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Involuntária: feita com autorização da família, quando o paciente não aceita, mas está em risco.
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Compulsória: determinada pela Justiça.
Em todos os casos, é fundamental que a internação aconteça em uma comunidade terapêutica com equipe especializada, estrutura adequada e abordagem humanizada, como a Caminhar Comunidade Terapêutica.
Conclusão
A decisão de internar alguém querido não é fácil, mas em muitos casos, é a única forma de garantir que ele receba a ajuda necessária antes que seja tarde. Não espere o fundo do poço — ele pode ser mais profundo do que se imagina. Buscar ajuda é um ato de amor, coragem e responsabilidade.